Tal como referi ontem provável a sessão de quarta-feira acabou por
ser mais movimentada que a anterior, mais 1 bilião de negócios
efectuados, acima da média, mas principalmente muitos motivos de
interesse desde logo por causa dos resultados da Apple conhecidos no
final de terça-feira, que impulsionaram os títulos da fabricante dos
iPhones em quase 7%, muito por causa do forte crescimento do sector dos
serviços onde os lucros são maiores, mas também porque não obstante uma
redução substancial das receitas de smartphones na China, o certo é que
no global a empresa conseguiu aumentar as vendas a nível global, um
cenário bem mais positivo do que o existente no início do ano quanto a
empresa fez o aviso para um arrefecimento dos negócios na segunda maior
economia do mundo.
Outro forte catalisador para
o optimismo que floresceu ontem em Wall Street foram os resultados da
Boeing, muito importantes depois da Caterpillar ter desiludido no início
da semana. A maior fabricante de aviões do mundo superou todas as
expectativas com mais $0,91 por acção que o previsto no trimestre e
receitas recorde no ano acima dos $100 biliões, muito por culpa do
sector de aviação civil que representa 63% das suas vendas e em
particular com as receitas do 737, avião que a empresa espera produzir a
uma média de 57 por mês este ano, um acréscimo de 10% em relação a
2018. Igualmente bullish foi o facto da empresa ter melhorado
visivelmente as perspectivas para este ano, dos $18.31 por acção para os
$20 por acção.
A cereja em cima do bolo para
os Bulls foi o resultado da reunião do FED, isto porque dela saiu tudo o
que os investidores queriam ouvir do banco central após na reunião de
Dezembro ficar previsto duas subidas este ano e o seu Presidente ter
indicado que a redução do balanço seria feita em modo de piloto
automático. Referência que Powell amenizou no inicio deste ano, contudo
ontem tudo ficou bem claro e dificilmente a mensagem poderia ser mais
dovish, isto porque tanto o movimento de subida dos juros ficou suspenso
com a palavra chave, paciência, como a redução do balance sheet foi
remetida para uma imprevisibilidade condicionada pelos dados económicos
que entretanto saírem, reforçando a ideia que tem sido criada pelo
mercado de que o a diminuição acabaria provavelmente nos $3,5 triliões
de activos detidos, sensivelmente mais $600 biliões de acréscimo aos
cerca de $400 biliões já retirados do mercado.
O
resultado final foi o dia de ganhos substanciais em todos os principais
índices, com destaque para os 2.2% de valorização do Nasdaq, sector
tecnológico que no S&P500 adicionou mais de 3% para a melhor
performance do dia, cenário optimista que se poderá manter hoje devido
aos bons resultados apresentados depois do fecho do mercado de ontem por
parte da Facebook, que surpreendeu com mais receitas, mais lucros e
mais utilizadores, incluindo na Europa, não obstante o pesadelo de
relações públicas que foi o caso Cambridge Analítica. Do lado negativo a
Microsoft que anunciou mais lucros, mas menos receitas que o esperado, o
que poderá reduzir parte da euforia.
No Forex,
foi com naturalidade que o U.S dólar cedeu terreno dada a mensagem mais
dovish emitida pelo FED, o que empurrou a moeda norte-americana para
uma queda de -0.4%.
A análise ao sentimento de mercado é patrocinada por Activtrades

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