Mais do mesmo, é o que se pode dizer desta semana que começa na
onda das semanas anteriores, num ritmo quase constante desde a reunião
do FED que resultou na terceira redução dos juros este ano nos EUA.
Guerra comercial e pouco mais, com alguns salpicos de outras notícias,
mas sem dúvida o que tem dominado o sentimento é os “avanços e recuos”
aparentes desta novela, com o último desenvolvimento a ser deste fim de
semana, quando as partes tiveram mais uma ronda de “conversas
produtivas”, seja lá o que isso for, tendo em conta o paradigma da
iminência constante de um acordo, segundo a tese dos responsáveis da
administração norte-americana.
E mais do mesmo
porque o sentido de Wall Street mantém-se igual, devagar, devagarinho
rumo a novos máximos históricos, mas sem qualquer entusiasmo ou grandes
fundamentos para tal, pelo menos é esse o sentimento generalizado entre
os analistas de mercado, ou seja existe um vazio de catalisadores
fundamentais, que a postura dos principais bancos centrais do mundo
transforma nesta tendência ténue, mas definitivamente ascendente. Os
dados são inequívocos sobre este “marasmo optimista”, nas últimas 29
sessões não ocorreram duas consecutivas em sentido negativo, algo que
não aconteceu nos últimos 14 anos, aliado ao facto das variações médias
diárias serem este mês de apenas 0,5%, pinta bem o cenário de um mercado
a ser “embalado” pela mão invisível do dinheiro barato e da liquidez
abundante.
Monotonia esta que não indicia uma
alteração de rumo para os próximos tempos, visto que uma correcção nos
índices é geralmente antecedida por uma fase de volatilidade acrescida,
um indicador que está perto dos mínimos dos últimos quase 30 anos. Quer
isto dizer que os investidores estão numa clara fase de complacência,
mas sem ainda se ter chegado ao território em que esse laxismo seja
abalado pela realidade. Veremos nos próximos meses se os eventos
políticos e a economia conseguirão dar fundamento para as avaliações de
mercado, sendo que a Organização Mundial do Comércio disse hoje que, por
causa do conflito comercial, o comércio de produtos a nível global
cresceu apenas 0,2% neste segundo trimestre, contra os 3,5% do mesmo
período em 2018, e que estes últimos três meses do ano serão igualmente
de crescimento residual.
A análise ao sentimento de mercado é patrocinada por Activtrades

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