Não há volta a dar, Wall Street passou o mês de Novembro sobre a
égide de uma pseudo-esperança sobre um elusivo acordo entre os EUA e a
China, com vista a conter ou mesmo reduzir o clima de crispação que o
conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo tem
provocado na economia global. De concreto, nada! no entanto semana após
semana os investidores foram bombardeados com as “promessas” de um
entendimento “iminente”, ilusões propagadas pelas duas partes e não
apenas por Trump como tinha acontecido até então, facto que é a única
novidade em torno deste processo. Aliás única não, porque na realidade
em vez de boas notícias os desenvolvimentos foram adversos para um final
feliz desta novela, dado que as recentes acções legislativas por parte
do Congresso norte-americano, no sentido de apoiar os manifestantes em
Hong Kong, apenas vieram agravar o risco de chegarmos a meados de
Dezembro e novas tarifas alfandegárias dos EUA entrarem em vigor.
Isto
porque na quinta-feira não foi a primeira vez que responsáveis chineses
referiram medidas retaliatórias caso o presidente norte-americano
assinasse as leis que passaram em ambas as câmaras do Congresso dos EUA.
Para agravar o sentimento a Reuters publicou um relatório que indica a
probabilidade da administração de Trump vir a estender o alcance da
medidas contra a Huawei, visto que a empresa asiática tem sido fornecida
por tecnologia norte-americana para além do aceite por Washington. Foi
este último desenvolvimento o principal responsável pelas perdas
verificadas em Wall Street na sexta-feira, numa sessão que foi mais
curta depois do feriado do Dia de Acção de Graças, o que resultou num
volume muito abaixo da média habitual.
Mas
apesar da falta de fundamentos sustentáveis para o optimismo o facto é
que os índices norte-americanos registaram o melhor mês desde Junho, com
ganhos que oscilaram entre os 3,4% no S&P500 e os 4,5% no Nasdaq.
Veremos como irá correr Dezembro para os Bulls, um mês que
tradicionalmente lhes é favorável e que começa esta semana com os dados
sobre as vendas da Black Friday e da Cyber Monday, terminando depois com
os nonfarm payrolls que se espera não contrariem os dados anteriores de
robustez no mercado laboral dos EUA.
Destaque
para o U.S dólar que continuou na onda vencedora ao atingir máximos de
sete semanas, após completar nove sessões consecutivas de ganhos,
enquanto que no mercado das matérias-primas o Petróleo recuou de novo,
desta feita -4,6% para os $55.42 por barril no WTI, devido à forte
probabilidade da OPEP e seus parceiros decidirem não aprofundarem os
cortes na produção na reunião que irá decorrer no final da semana.
A análise ao sentimento de mercado é patrocinada por Activtrades

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